Farinha de Mandioca — O Pó Que Sustenta Memórias

Quando alguém perguntava se a comida estava pronta, lá vinha a resposta da minha avó: “Só falta a farinha!”
Simples, seca, crocante, às vezes quente direto do tacho. A farinha de mandioca não era só o complemento — era o fecho do prato, a honra da mesa. Misturada no feijão, no caldo do peixe ou só com manteiga e banana, ela era o elo entre gerações.
Ela juntava o prato e a conversa, o silêncio e a fartura. Era memória que se comia com colher.
Tradição que se sente no dente
Lembro do som da farinha sendo mexida no tacho de ferro. Era como ouvir o tempo cozinhando. Meu avô dizia que ali morava o segredo do sabor: a paciência de mexer até o ponto certo, o cheiro da mandioca tostando, o suor valendo a pena.
Hoje, quando coloco um punhado de farinha no prato, vem junto um mundo. O cheiro da lenha, o calor da cozinha do sítio, a conversa solta, e a certeza de que comida de verdade não se faz com pressa.
Que tal compartilhar essa receita com alguém especial? 💛
ResponderExcluirO bolinho de chuva é mais que um doce: é um abraço quentinho em forma de sabor.
Comenta aqui: qual é a sua lembrança mais gostosa com essa delícia?