Café Coado na Hora — A Rotina do Vô Silencioso

Acordar na casa dos avós era ser recebido por um ritual dos mais reconfortantes: o coar de um café que começava ainda antes do dia clarear.
…aquele aroma quente, que se espalhava pelas manhãs, tinha afago, coragem e uma promessa silenciosa de constância.
O Vô Quieto e Seus Gestos:
No pouco que dizia, havia muito do que ele era. Camisa sempre fechada até o último botão, sapatos alinhados ao lado da porta, rádio baixo na cozinha. Os gestos falavam por ele.
Preparar o café, ajeitar o pires, colocar a mão no ombro: era o jeito dele dizer “tô aqui”.
Sentado à mesa, olhar na janela e o silêncio cheio de presença. Isso era rotina — era raiz.
Hoje, o cheiro do coador me traz tudo de volta. É como se ele dissesse de novo, sem palavras: “pronto pra mais um dia, vamos?”.
E você, tem alguma memória que mora no cheiro do café passado na hora?
Que tal compartilhar essa receita com alguém especial? 💛
ResponderExcluirO bolinho de chuva é mais que um doce: é um abraço quentinho em forma de sabor.
Comenta aqui: qual é a sua lembrança mais gostosa com essa delícia?